Santa Catarina, a exemplo das três últimas edições, ficou com o 4º lugar na classificação geral das Paraolimpíadas Escolares de 2011, evento que encerrou na noite desta terça-feira (30), em São Paulo. O Estado anfitrião foi campeão com um total de 61 pontos, apenas um a mais que o Rio de Janeiro, que defendia o título de 2010. Minas Gerais garantiu a terceira colocação ao marcar 45,5 pontos; e Santa Catarina terminou em 4º, com 31. O quinto colocado foi o Mato Grosso do Sul, que fez 22.
Nas 10 modalidades em que disputou, a delegação catarinense conquistou o troféu de primeiro lugar na bocha; o segundo no atletismo e na natação. As modalidades de tênis de mesa e judô, que deram medalhas aos catarinenses, não conseguiram troféus. Em 2010, Santa Catarina tinha conquistado um 2º lugar na bocha, e o terceiro lugar no tênis de mesa e na natação. O atletismo ficou em 5º no ano passado. Na contagem de medalhas também Santa Catarina terminou em 4º com um total de 107, sendo 38 de ouro, 34 de prata e 35 de bronze.
No atletismo, em três dias de competição, Santa Catarina fez 143 pontos no feminino, e terminou em segundo; e 130 pontos no masculino, resultado que deu ao Estado o terceiro lugar. Na soma, São Paulo foi campeão da modalidade com 301 pontos; Santa Catarina fez 273, seguido por Rio de Janeiro, com 228. Na natação, os catarinenses somaram 38 medalhas, sendo 16 de ouro, 16 de prata e seis de bronze. Na pontuação, o feminino ficou em 2º, com 104, atrás de São Paulo, que fez 187. E o feminino chegou em 4º, com 89 pontos, superado por São Paulo, com 226; Pará, 126; e Rio de Janeiro, 116 pontos.
Nas demais modalidades, Santa Catarina foi eliminada no goal ball e no futebol de 7. O único representante do Estado no tênis em cadeira de rodas, Lucas Guerra ganhou a partida final por desistência do adversário e ficou em 9º lugar no torneio de simples. E em duplas, com o goiano Samuel Costa, perdeu a decisão do bronze e ficou em 4º. Já no vôlei sentado, Santa Catarina ficou em 6º com um time e em 8º com outro.
Santa Catarina competiu com 89 alunos-atletas, de 12 a 21 anos, e estava representado por estudantes da rede municipal, estadual e da rede particular de 27 municípios do Estado. A promoção foi do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), com apoio do governo do Estado de São Paulo e da prefeitura da capital paulista. Participaram atletas em três segmentos: deficiência intelectual (D. I.), deficiência física (D. F.) e deficiência visual (D. V.) nos dois naipes.
Os campeões, em suas modalidades, asseguraram o direito a uma bolsa-atleta, todos de olho na possibilidade de representar o Brasil na Paraolimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Nas Paraolimpíadas Escolares, além dos troféus para os três primeiros na classificação geral e para o campeão de cada modalidade, os três primeiros colocados por segmento e naipe, em cada modalidade, receberam medalhas.
Encerramento com prêmio extra aos catarinenses - Em clima de festa e com longa confraternização entre as delegações dos 24 estados participantes, a cerimônia de encerramento durou quase duas horas na noite de terça-feira no Parque Anhembi. A declaração do presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrews Parson, mostra bem os reflexos do trabalho comandado pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte). “Santa Catarina faz um belo trabalho no paradesporto. Muitas ações dos catarinenses com os paraatletas servem de exemplo para o Brasil”, reconheceu.
Os atletas, técnicos e equipes de apoio de Santa Catarina deram um show, cantando e dançando antes, durante e após a cerimônia. Mas um momento de emoção estava reservado especialmente para a delegação catarinense, que foi eleita, pelos demais estados participantes, para ganhar o Troféu Confraternização, um prêmio criado levando em conta a animação, a organização e a solidariedade de todos os participantes. “Vocês estão de parabéns”, disse o presidente do CPB, referindo-se ao comportamento da delegação catarinense.
Durante a cerimônia, o grupo de teatro Vivendo e Aprendendo apresentou a peça “Indiferença, até quando?”, destacando o combate ao preconceito e a luta contra a discriminação, já que um participante representava um cadeirante, que tinha seus direitos cerceados. Os 24 Estados ali representados também ganharam um troféu de participação cada, além de uma placa alusiva à passagem de três décadas do ano internacional da pessoa com deficiência.
Assessoria de Imprensa da Fesporte