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Responsável por cerca de 15 mil postos de trabalho e R$ 1,5 bilhão em negócios por ano no estado, de acordo com recente diagnóstico realizado pela Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur), o setor de eventos busca caminhos para amenizar os efeitos da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19. As alternativas para a retomada das atividades foram discutidas nesta quinta-feira (09), em uma reunião promovida pela Santur com representantes do setor, Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Vigilância Sanitária. Nos próximos dias, um documento será apresentado às autoridades de saúde para análise.

“Os eventos foram os mais impactados pela pandemia não apenas no Brasil, e provavelmente sejam os últimos a retornar plenamente. Por isso, estamos construindo, juntamente com o setor, soluções para que essas atividades voltem a ser realizadas com segurança”, destaca o presidente da Santur, Mané Ferrari. 

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Segundo Diagnóstico Econômico e Plano de Retomada do Turismo Catarinense da Santur, cerca de 7,5% dos eventos que seriam realizados no estado, entre março e agosto de 2020, foram afetados pela pandemia. O impacto na movimentação econômica média acumulada nesse período soma R$137,6 milhões, especialmente devido aos eventos grandes que, por necessária precaução, deixaram de acontecer.

Uma das ações necessárias consiste na definição de protocolos adequados aos diferentes tipos de eventos. Nesse sentido, entidades do setor estão elaborando um documento sobre os protocolos de segurança aplicáveis a cinco grandes grupos de eventos (feiras, congressos e afins, sociais, culturais e esportivos). “Importante destacar que além das recomendações da Organização Mundial de Saúde, levamos em consideração a classificação de risco definida pelas autoridades sanitárias de Santa Catarina”, informou o presidente da Federação de Convention & Visitors Bureaux de Santa Catarina (FCVB-SC), Marco Aurélio Floriani.

De acordo com Floriani, as feiras e congressos poderiam ser os primeiros autorizados porque permitem o controle sobre os ambientes e a movimentação de pessoas. “Estamos adequando as características de cada grupo às medidas de segurança cabíveis. É diferente falarmos de um casamento e de um congresso”, exemplifica.

Na próxima semana uma minuta do documento deve ser encaminhada à Santur, que o levará ao Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) para enfrentamento do coronavírus em Santa Catarina e à Vigilância Sanitária. “Desde o início da pandemia a Santur tem atuado junto ao COES para intermediar as demandas dos diferentes segmentos, possibilitando a gradativa volta das atividades turísticas”, destacou Mané Ferrari.

A diretora da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, elogiou a iniciativa da Federação e assumiu o compromisso de analisar o documento e apontar as adequações que forem necessárias. Ela solicitou que sejam detalhados os tipos de controle que podem ser implementados para cada caso. “Temos ciência da complexidade do segmento, que movimenta muitas atividades econômicas, como hotéis, transportes, alimentação. É muito interessante fazer a relação do tipo do evento com a classificação de risco, e que os controles de segurança sejam exequíveis”, ponderou.

Também participaram da reunião Margot Rosenbrock Libório, vice-presidente da Federação dos CVB de Santa Catarina; Jaqueline Backes, do CVB de Criciúma; Giorgio Augusto Souza, do Joinville CVB; Eveline Orth, representando a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape); Develon da Rocha, do Blumenau CVB; Adriana Rogério Rosa, do Costa Esmeralda CVB; Sabrina Alves, representando a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc); e Nilton Pacheco, presidente do Conselho Estadual de Turismo.

 

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